O Governador da província de Cabo Delgado, Valige Tauabo, procedeu, no passado dia 2 de Agosto, na cidade de Pemba, ao lançamento oficial do projecto “Suportar ao Grande Desenvolvimento Socio-Economico em Cabo Delgado-RCD’’, que está a ser implementado nos distritos de Pemba e Metuge num período de quatro anos pela ADPP em parceria com a Associação h2n, com fundos da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).
Coube ao governador da província proferir o discurso oficial de lançamento, no qual fez referência ao papel relevante que as organizações Não-governamentais e os parceiros de cooperação assumem na promoção da paz e reconciliação, ajuda humanitária e no reforço à prestação de serviços essenciais às comunidades.
“Reconhecendo o papel da ADPP e USAID, na concepção e implementação do projecto RCD, queremos agradecer profundamente ao apoio que estas duas instituições têm prestado à província de Cabo Delgado para ultrapassar aos desafios que se impõem face ao extremismo instalado desde Outubro de 2017” – afirmou o governante.
Tomás Romão, em representação do Líder Comunitário de Ngalane, em Metuge, disse que a chegada do projecto permitiu com que houvesse mais coesão e cooperação entre os grupos de deslocados residentes no centro de reassentamento de Ngalane. “Nós os deslocados provenientes de Quissanga, Muidumbe, Macomia, Mocimboa da Praia e Palma, distritos afectados pelo terrorismo passamos a ter mais união e trabalhamos em conjunto nas várias componentes do projecto de forma a melhorarmos as nossas vidas. Estamos a aprender a produzir hortícolas de qualidade, algo que não fazíamos nas nossas zonas de origem. Já sabemos plantar em linha, a usar Bio pesticida natural, as mulheres por sua vez aprendem a fazer fogões economizadoras de lenha” disse.
O projecto RCD está em curso desde Outubro do ano passado, nos dois distritos e com abrangência de um grupo alvo de 3200 produtores (deslocado internos e as comunidades acolhedoras) organizados em 64 clubes integrando 50 membros cada.
O programa está a apoiar ainda a formação de 2 mil jovens na busca de talentos locais com habilidades para o acesso a estágios e emprego no sector privado. No final de todas as acções espera-se que o projecto tenha suportado o desenvolvimento socioeconómico de um total de 21 mil beneficiários com foco no fortalecimento à resiliência entre as pessoas deslocadas de conflitos e desastres naturais e parte das comunidades acolhedoras, com enfâse na segurança alimentar e no incremento da capacidade dos jovens e mulheres na geração de renda e liderança.